Conflitos
Você deu uma resposta dura para sua esposa hoje? Perdeu a paciência com seus filhos? Discutiu com seus pais ou com um colega de trabalho, ou ainda com um motorista no trânsito? Então você já conhece, por experiência própria, como são os conflitos entre as pessoas. Mas não se desespere! Isso apenas demonstra que você é um ser humano! Provavelmente isso ainda acontecerá outras vezes, mas o que fará a diferença é a forma como você irá lidar com isso.
Não existe ser humano neste planeta que não tenha se envolvido em algum tipo de conflito. Até mesmo Jesus teve que lidar com isso, não por causa do seu pecado, mas em razão do pecado de outros, que fizeram com que fosse rejeitado e incompreendido. Conflitos fazem parte de uma humanidade pecadora, e por isso precisamos saber como lidar com eles.
A Bíblia fala muita coisa sobre este tema, e não seria possível resumir todo o ensinamento bíblico em poucas palavras, mas creio que alguns princípios podem ser especialmente úteis para ajudá-lo com isso.
1. O egoísmo é a origem dos conflitos.
Tiago 4.1,2: De onde vêm as guerras e contendas que há entre vocês? Não vêm das paixões que guerreiam dentro de vocês? "Vocês cobiçam coisas, e não as têm; matam e invejam, mas não conseguem obter o que desejam. Vocês vivem a lutar e a fazer guerras. Não têm, porque não pedem."
A Bíblia é clara ao afirmar que os conflitos surgem dos desejos egoístas do coração. O ser humano é tão apegado aos seus próprios interesses que está disposto a “lutar” por eles, para que a sua vontade seja feita. Isso pode facilmente ser observado na prática. Quando o marido discute com a esposa porque ela apertou o tubo de pasta de dente no meio, ao invés de fazer da “forma certa”, que é apertar de baixo para cima, o que está por trás disso? É o desejo egoísta do marido de querer que as coisas sejam feitas do seu modo. Se o marido decidir amar a sua esposa e abrir mão de seu interesse, o conflito não ocorrerá.
2. Não tente mudar os outros.
O erro mais comum daqueles que se envolvem em conflitos é o de querer mudar os outros. “Eu estou certo e os outros estão errados, e por isso eu quero que eles mudem”. Esta é a típica atitude que faz com que o conflito aumente ainda mais. Quando queremos mudar o comportamento daqueles que nos incomodam, fazemos cobranças que apenas irritam as pessoas e criam um ambiente explosivo, no qual uma discussão pode começar facilmente.
Não é possível mudar os outros! A transformação pessoal é responsabilidade de cada um diante de Deus, e não podemos entrar no coração de alguém e forçá-lo a mudar. Por isso, cuidado com suas palavras! Não pressione ou faça cobranças, mas apenas confronte o pecado amorosamente, lembrando-se que a mudança não depende de você.
3. Reconheça sua responsabilidade.
Nesta questão de conflitos, a tendência da maioria de nós é achar que o problema está sempre no outro. É a chamada “síndrome de Adão”, o qual colocou toda a culpa de seu pecado em Eva:
Gênesis 3.12-Disse o homem: "Foi a mulher que me deste por companheira que me deu do fruto da árvore, e eu comi".
Esta atitude é muito comum. Ao invés de assumirmos nossas responsabilidade no conflito, insistimos em culpar o outro por nossas ações: “Eu perdi a paciência, mas foi ela quem me provocou”; “se você não tivesse feito isso, tudo seria diferente”; “você nunca está presente ou me apóia, por isso agi desta maneira”, etc.
Quando fazemos isso, estamos deixando de reconhecer nossa responsabilidade. Isso é muito sério! Sem perceber a nossa culpa, não haverá verdadeiro arrependimento e confissão, e sem isso, não haverá perdão e restauração. A conseqüência disso é que as ofensas não tratadas irão se acumular a ponto de destruir os melhores relacionamentos (Pv 17.14). Por isso, o conselho bíblico é claro:
Provérbios 28.13-Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia.
4. Busque mudar a si mesmo
Ao invés de forçar a mudança nos outros, procure mudar a si mesmo! Com a ajuda de Deus isso é possível! Identifique qual é a sua responsabilidade no conflito. Lembre-se daquele velho ditado: “quando um não quer, dois não brigam”. Isso significa que se o conflito aconteceu, é possível que você tenha alguma responsabilidade nele. Assim, veja qual é a sua parcela de contribuição e pense em como poderia reagir de forma diferente no futuro.
Suas palavras são agressivas? Lembre-se de Provérbios 15.1: “A resposta calma desvia a fúria, mas a palavra ríspida desperta a ira”. Você vive mencionando os erros das pessoas, ao invés de esquecê-los? Lembre-se de Provérbios 17.9: “Aquele que cobre uma ofensa promove amor, mas quem a lança em rosto separa bons amigos”. Você é arrogante e egoísta na forma em que trata o seu próximo? Lembre-se de Efésios 2.3: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos”. Enfim, busque na Palavra de Deus orientações específicas sobre áreas que precisam ser transformadas para que não seja você aquele que começa o conflito, mas o que o termina:
Provérbios 20.3-É uma honra dar fim a contendas, mas todos os insensatos envolvem-se nelas
0 comentários:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.