Existia um cidadão ganancioso demais. Só pensava em bens materiais e poder. Tinha uma esposa e um filho que se chamava Juninho. Ambos eram muito mau amados. Aos dois, o homem jamais dava atenção e muito menos carinho. Ele ignorava a família e sempre estava pensando em dinheiro. Vivia viajando. Inúmeras vezes a mãe passava datas comemorativas com o garoto que chorava e sempre perguntava pelo pai, que sempre estava ausente. Natal, aniversário, dia dos pais, nunca o homem aparecia para desfrutar de momentos de alegria com a família. A mãe, sem desculpas para dar ao filho sempre dizia que o seu pai estava trabalhando para tentar dar mais conforto à família. Ele nunca media sacrifícios para ganhar o seu dinheiro. E tinha um sonho... Comprar um carro importado. Um dia, de tanto trabalhar, o seu sonho foi realizado, e ele conseguiu comprar o automóvel que sempre sonhara. Depois de algum tempo foi se encontrar com a família. Chegando em casa no seu carro, foi logo se exibindo para a família. Era um carro de luxo, azul, que para todos ele mostrava como se fosse um troféu. Juninho chegava perto do pai, que nem lhe dava atenção, sequer percebia a presença do garoto. O homem só falava no carro. Até parecia um louco. Depois de algum tempo de delírio ao lado do automóvel, o homem resolveu descansar, foi dormir e então Juninho ficou olhando o carro e viu uma sujeira do lado. Querendo agradar o Pai, pegou uma bucha de aço e um balde com água e sabão e começou a esfregar a sujeira que vira, e se animou tanto que resolveu lavar todo o carro. Depois, com simplicidade foi correndo acordar o Pai. O homem ao ver o carro todo arranhado, mais parecia um animal feroz e descontrolado. Como um demente, começou a bater nas mãozinhas do garoto. A mãe, que estava trancada num quarto para não socorrer o filho, nada podia fazer e chorava feito uma desesperada. O Pai, mostrando muita maldade e ignorância, não permitia que a mulher saísse do quarto para socorrer o garoto. Três dias se passaram de sofrimento até que o Pai se foi e assim a mãe pôde buscar socorro para o filho. Correu para o Hospital com Juninho, mas quando o médico deu a notícia, era tarde demais: - Teremos que amputar as mãos de seu filho, vocês demoraram muito para buscar socorro, e infelizmente nada mais a medicina pode fazer, a não ser isso. Naquele mesmo dia o garoto foi internado e submetido à cirurgia. Passaram-se alguns dias e o Pai foi avisado do ocorrido. A notícia deixou o homem completamente desesperado e imediatamente ele se dirigiu ao Hospital. Quando viu seu filho com As mãos amputadas, começou a chorar. O menino mais uma vez num gesto de simplicidade e carinho, abraçou o Pai e disse: - Não fique triste papai, eu não estou com raiva, e agora não terei mais as minhas mãozinhas para fazer nada errado, nem para arranhar seu carro. O homem saiu correndo, sem saber o que fazer com tanta dor e remorso. Não tinha mais outro jeito. Pegou então uma arma, e sem pensar, atirou contra o próprio peito. Aquele tiro tirou a vida de um homem egoísta, covarde e ignorante. Termino esta triste estória, e espero não ouvir outras iguais. E mais do que nunca fica aqui uma mensagem para todos que querem Ter o direito de ser chamado Homem... Na vida há coisas muito mais importantes que Bens Materiais.
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