UMA MULHER DE ORAÇÃO

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sexta-feira, 9 de março de 2012

Estudo VII - ORAÇÕES POR REFORMA: Elias





"Não por força nem por poder, mas pelo Meu Espírito, diz o Senhor dos Exércitos." Zacarias 4:6

A CULTURA DE NOSSO MUNDO pode voltar-se rapidamente para o mal. E, normalmente, é isto o que acontece. Como o ar poluído, este mal escapa através das frestas das portas e das janelas de nosso coração, de nossa mente e de nossa casa. Freqüentemente, por sermos parte da cultura, não enxergamos o perigo desses males culturais. Eles podem até invadir a igreja; na verdade, isso acontece freqüentemente.

Nos primeiros séculos, o paganismo invadiu o cristianismo. "Quase imperceptivelmente os costumes do paganismo tiveram ingresso na igreja cristã. O espírito de transigência e conformidade fora restringido durante algum tempo pelas terríveis perseguições que a igreja suportou sob o paganismo. Mas, em cessando a perseguição... o mundo, sob o manto de justiça aparente, introduziu-se na igreja.".

O casamento do rei israelita Acabe com a pagã Jezabel ilustra a união do povo de Deus com o mundo – uma união que sempre resulta em apostasia. Deus ainda precisa de Elias e de orações por reforma a fim de deter o curso descendente do comprometimento.

Elias Contra o Mal - Êxo. 34:15 e 16; veja também Deut. 18:9-12I Reis 16:29-33 Leia sobre os males da cultura cananita contra os quais Deus advertiu Israel. Êxo. 34:15 e 16Deut. 18:9-12

Por causa das práticas degradantes de seu povo, Canaã estava pronta para a conquista. Os próprios conquistadores israelitas, porém, foram seduzidos pela idolatria. Eles podem ter ganho a batalha militar mas perderam contra a cultura. Quando Israel se separou de Judá e formou o Reino do Norte, Jeroboão introduziu a adoração do bezerro para evitar que seu povo fosse adorar no Reino do Sul, Judá. Em toda a sua história, o Reino do Norte nunca teve um rei justo, e a maioria de seu povo era idólatra.

Como o rei Acabe aumentou a apostasia da nação? I Reis 16:30-33

Jezabel, filha de um rei-sacerdote de Sidom, era uma pessoa desumana, dominadora, que exerceu uma influência poderosa sobre Acabe e sobre a nação. Ela mandou construir um templo para Baal em Samaria e sustentava um grande número de profetas de Baal e de Asera para praticar e promover essa religião. Ela também matou um grande número dos profetas do Senhor (veja I Reis 16:3218:4 e 19).

A adoração de Baal era extremamente sedutora para Israel. A fim de estimular os deuses a tornar a terra fértil, os sacerdotes, os prostitutos cultuais dos dois sexos e os adoradores tomavam parte em orgias sexuais, depois de entrar em um frenesi extático por meio de vinho e danças. Israel, como uma sociedade agrícola, achava necessário seguir as práticas das nações vizinhas para garantir colheitas abundantes.

Mas, mesmo terminando o capítulo 16 de forma tão triste, o capítulo 17 começa com uma nota de esperança. "Elias aparece em cena como um homem com uma incumbência urgente de Deus. A hora é de crise. O pecado invadiu a terra, e, se não for impedido, logo envolverá a todos em trágica ruína."

A Maldição do Concerto - Lev. 26:14-20Deut. 28:15-24I Reis 17:1

O que aconteceria ao povo de Deus se recusasse obedecer? Lev. 26:18-20Deut. 28:23 e 24

Deus sente prazer em abençoar Seu povo, mas quando este O abandona, Ele lhes fala por bênçãos removidas. Muitas vezes, tendemos a nos esquecer de Deus em épocas de prosperidade e a buscá-Lo nos tempos de adversidade.

De sua casa na montanha, em Gileade, Elias via com angústia que Israel estava afundando na apostasia. Ele orou para que Deus invocasse as maldições do concerto a fim de trazer a nação à razão. Leia Tiago 5:17 e 18 e I Reis 17:1. De acordo com a teologia de Baal, a chuva era simplesmente Baal engravidando a Terra para que desse à luz as colheitas. Deus decidiu destruir essa crença esclarecendo que só Ele é responsável pelos tesouros da Terra – luz solar, chuva e colheitas abundantes.

Em obediência à ordem de Deus, Elias apareceu perante um assustado Acabe, trancou os céus e foi embora com a chave! Elias precisou ter muita fé para predizer um longo período de seca. A bela zona rural, regatos a correr, as colinas vestidas de vegetação viçosa, as florestas imponentes, pareciam estar além dos dedos descarnados da seca.

Se Acabe, Jezabel e seus profetas estavam inclinados a zombar da maldição de Elias, logo tiveram motivo para alarme. Semanas e meses se passaram sem chuva. Os profetas de Baal tiveram muita oportunidade para invocar seu deus, mas arrazoavam que ele devia estar dormindo ou em viagem. Os riachos secaram completamente, o capim murchou, as colheitas falharam e os magros rebanhos sufocavam debaixo de espessas nuvens de pó.

Existia uma chave para destrancar os céus, mas o povo não a conhecia, porque seus líderes deixaram de ensinar-lhes. Qual era essa chave? II Crôn. 7:13 e 14

"O mais poderoso recurso do cristão é a comunhão com Deus pela oração. Os resultados costumam ser maiores do que achamos possível... . Porque o poder de Deus é infinitamente maior que o nosso, faz muito sentido contar com ele – especialmente porque Deus nos encoraja a fazê-lo."

A Grande Prova no Carmelo - I Reis 18:16-46

Depois de três anos e meio de seca devastadora, o Senhor disse a Elias que estava na hora da grande prova. Deus, que trouxe a seca, podia também trazer a chuva (II Reis 18:1). Elias convocou a nação para o monte Carmelo.

Como ele desafiou o povo? I Reis 18:21 e 24

Muitos Israelitas haviam servido tanto a Baal como a Yahweh. Chegou o tempo de tomarem uma posição ao lado de um ou de outro. Quando Elias propôs um teste, os profetas de Baal se retraíram – seu deus fora impotente por mais de três anos. Antes de Deus poder enviar chuva, precisaria haver um sacrifício para expiar os pecados do povo (I Reis 18:23 e 24). Elias consertou o altar de Yahweh, em desuso por muitos anos.

Estude a oração de Elias (vs. 36 e 37). Note a extensão, a maneira de sua oração e seu conteúdo. Que contraste existe com as orações dos profetas de Baal? (vs. 26-29)

Quando o fogo desceu do céu e consumiu o sacrifício, a lenha e até o altar, todos encharcados, o povo caiu sobre seu rosto, clamando: "Yahweh" – e não Baal – "é Deus!"

Por que, continuando a demonstração, Elias exterminou os profetas de Baal? Que lição é ensinada por este ato quanto a algum comprometimento com os aspectos pecaminosos da nossa cultura? Como você aplicaria este princípio à sua própria vida? Existem assuntos específicos em que você, pessoalmente, precisa tomar uma decisão, de uma forma ou outra?

Decepção em Horebe - I Reis 19

O dia emocionante ainda não havia terminado. Quando Elias orou sete vezes sob um céu sem nuvens, sua fé se apegou aos atos passados de Deus – a seca, o fogo, a promessa de trazer chuva (18:1). A fé se alimenta das lembranças da guia de Deus no passado. Uma pequena nuvem foi suficiente para convencer Elias de que um dilúvio estava vindo. Apesar do jejum de um dia inteiro, Elias correu com força sobre-humana para guiar a carruagem de Acabe através da chuva. Então, deitou-se no chão, molhado e exausto, e adormeceu.

O que fez Elias fugir, em seguida? I Reis 19:1-5. Por que ele mudou tão depressa do triunfo para o desespero?

Por anos, Elias havia investido toda a sua energia emocional e espiritual na causa da reforma. Yahweh dera provas convincentes de que era Deus. Certamente todos na nação inteira se converteriam. Mas não foi assim.

Depois de se estar no auge emocional, é fácil passar por momentos de baixa. Elias sentiu que a campanha no monte Carmelo fora um fracasso. Ele se sentiu inútil e quis morrer.

Elias clamou duas vezes a Deus: "Tenho sido zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a Tua aliança, derribaram os Teus altares e mataram os Teus profetas à espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida" (I Reis 19:10. Compare com o v. 14).

Um grande vento, um terremoto poderoso e um fogo apareceram imediatamente depois da primeira reclamação de Elias, mas Deus não estava em nenhum deles. Então, veio uma brisa suave, – a voz inconfundível de Deus (vs. 11 e 12). E Elias soube que Deus nem sempre Se manifesta em eventos espetaculares. Nem sempre é a pessoa ou o evento que cria a maior excitação. Um coração humilde que ouve e obedece à voz mansa e calma de Deus pode ser igualmente poderoso.

Nem sempre os milagres são suficientes para convencer corações endurecidos. Às vezes, eles despertam a oposição mais ferrenha (João 11:45-50 e 57). Deus não só deve surpreender as pessoas com sinais, mas persuadi-las com a voz mansa e suave do Espírito.

Elias, um homem de Deus, um verdadeiro profeta, ficou desanimado e desencorajado.

O Exemplo de Jesus - Lucas 1:32 e 3319:41-44João 17:6-19

Que planos Deus tinha para Israel na vinda de Jesus? Lucas 1:32, 33, 71 e 742:32

Em Lucas 19:41-44, lemos que esses planos não se cumpriram. Os líderes de Israel não reconheceram que Deus estava visitando Seu povo na pessoa de Jesus (Lucas 1:68). Se tivessem percebido, as bênçãos do concerto (descritas em Isaías 62 e repetidas em Lucas 1 e 2) teriam sido derramadas sobre eles. Por sua constante oposição, Cristo "pouco parecia fazer da obra que anelava realizar em erguer e salvar".

Jesus, porém, não ficou desencorajado. "No coração de Cristo, onde reinava perfeita harmonia com Deus, havia paz perfeita. Nunca Se exaltou por aplauso, nem ficou abatido por censuras ou decepções. Entre as maiores oposições e o mais cruel tratamento, ainda Ele estava de bom ânimo."

Que instruções e fato encorajador sobre Israel o Senhor deu a Elias? I Reis 19:15-18

"Uma cura para a depressão é ficar ocupado. Assim, a primeira palavra de Deus a Elias, depois da demonstração dramática no monte Horebe foi "vá". A unção de Hazael, Jeú e Eliseu asseguraria que a campanha contra a adoração de Baal continuaria, e um remanescente fiel de adoradores de Yahweh sobreviveria."

A campanha teria sucesso também porque Deus tinha um remanescente. Os reformadores precisam lembrar e ser encorajados pelo fato de que Deus sempre trabalhou por meio de um remanescente. "Se nos entregarmos completamente a Deus, e seguirmos Sua direção em nosso trabalho, Ele mesmo Se responsabilizará pelo cumprimento. Não quer que nos entreguemos a conjeturas sobre o êxito de nossos esforços honestos. Nem uma vez devemos pensar em fracasso. Devemos cooperar com Aquele que não conhece fracasso.".

"Quando no monte Carmelo [Elias] fez a oração pedindo chuva, sua fé foi provada, mas ele perseverou em tornar conhecido seu pedido a Deus... . Tivesse desanimado na sexta vez, sua oração não teria sido respondida, mas ele perseverou até que veio a resposta... . Deus nem sempre responde às nossas orações na primeira vez que O chamamos; pois, se fizesse assim, poderíamos considerar que temos por direito todas as bênçãos e favores que Ele nos concede. Em vez de examinar o coração para ver se existe qualquer mal em nós, qualquer pecado acariciado, ficaríamos descuidados e deixaríamos de perceber nossa dependência dEle, e nossa necessidade de Sua ajuda.

"Elias humilhou-se até estar em uma condição onde não tomasse a glória para si mesmo. Esta é a condição sob a qual o Senhor ouve nossa oração, pois então daremos o louvor a Ele." . Na obra de reforma, seja pessoal ou coletiva, estamos em guerra contra inimigos poderosos. Precisamos orar pedindo sabedoria, tato, coragem, e apegar-nos firmemente a Deus.

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